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GOLPES DE EMPRÉSTIMO PELA INTERNET: NÃO CAIA

Edição do dia 08/06/2016
08/06/2016 14h15 - Atualizado em 08/06/2016 14h17
Golpe do falso empréstimo faz vítimas em São Paulo
Em tempos de crise financeira, tem muita gente fazendo empréstimo.
Golpistas pedem pagamento de seguro e somem sem dar o dinheiro.
César Galvão
São Paulo
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Em tempos de crise financeira, com dinheiro curto, tem muita gente fazendo empréstimo pra acertar as contas. Mas é bom ficar atento, porque tem gente pagando para conseguir dinheiro e ficando sem nada no final.
É assim que começa o golpe:
Golpista: Aqui é da cooperativa de crédito do Banco do Brasil. Meu nome é José Cláudio. O banco aqui libera de R$ 5 mil a R$ 500 mil. Pra gente tá liberando, o senhor tem que passar os dados pessoais e endereço onde vai receber o carnê.
O estranho é que o atendente diz que a pessoa que precisa de dinheiro tem que pagar, antes de receber. É um seguro fiança.
Golpista: R$ 138 para R$ 5 mil.
O eletricista Flávio Diniz precisava de R$ 5 mil para pagar a faculdade da filha e uma dívida com cartão de crédito. Ele encontrou a "solução" nos classificados de um jornal. Parecia fácil: “Conversei direitinho, nunca pensei que era golpe, porque o cara conversa muito bem. E na hora que falou que era do centro do Banco do Brasil, você não vai imaginar que é golpe”, conta.
A vontade e o desespero para pagar dívidas tira a percepção das vítimas. Se todos prestassem atenção em um detalhe da negociação, não cairiam no golpe. O corretor se apresenta como representante de uma empresa ligada ao Banco do Brasil, mas na hora de cobrar a taxa para liberar o dinheiro, ele orienta o cliente a fazer o depósito em outro banco.
Flávio fez dois depósitos de R$ 550 em uma lotérica. As contas são de uma agência da Caixa Econômica Federal do bairro Betânia, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Como o dinheiro não chegava, Flávio ligou várias vezes.
Essa taxa de empréstimo não dá nem 0,5% ao mês. É para desconfiar. Outra vítima foi enganada em dezembro do ano passado e procurou a polícia. O golpista disse que ela precisava procurar a sede da empresa em Belo Horizonte, mas lá não é nem banco, é o lugar onde funcionava uma lavanderia que já fechou.
Em São Paulo, o endereço da empresa é em um prédio residencial. O dono do apartamento já se mudou faz mais de cinco anos. O porteiro do prédio diz que, em um ano, cerca de 20 pessoas passaram por lá procurando a empresa.
“Essa empresa pode ter tido dados usados por terceiros, em má fé, com vista a abrir contas bancárias para receber proventos do estelionato praticado contra vítimas”, explica o delegado Clóvis Ferreira de Araújo.

A polícia está atrás da pessoa que se identifica como José Cláudio e da falsa corretora que, por enquanto, continua atraindo vítimas.


Postado por: JORNAL HOJE - Edição do dia 08/06/2016 em quinta-feira,16 de março de 2017.
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